Diário de uma PhD student - e a aventura começa

chiiiiii, há quanto tempo não postava

Olá meus queridos aventureiros,

Há quanto tempo não postava... E que falta me fazia! Agora é que estou a ver... há mais de um ano! E tanta coisa para contar, para ver, para dizer!

2007 foi um ano de excessiva mudança. Ainda ando tonta, baralhada, a tentar encontrar o rumo.

Mas rumarei a Cardiff next 6st april, para conversar com o meu futuro orientador de PhD... Pois é! Aí vou eu para mais uma tese... Espero que esta corra um pouco melhor que a ultima...

Vou tentar arranjar uma máquina fotográfica para vos mostrar o clima de lá.

Bem, já dei o pontapé de partida para efectivamente construir um diário de aventuras em 2008. Ficam aqui umas fotos actualizadas do meu look e das minhas aventureiras mais próximas.

As mudanças que ocorrem em nós, todos os dias

Diz o poeta: Seja você mesmo, só não seja sempre o mesmo

As mudanças ocorrem. Apesar de não haver verdade mais sincera, as mudanças são sempre inesperadas e desagradáveis. Ocorrem e nós somos sempre aversos às mudanças. E isto é verdade, tanto para as mudanças no bom sentido (quem nunca teve medo de ser feliz?) como no mau sentido. Mas, faz parte do desenvolvimento evolutivo da nossa natureza de primatas, sabermos lidar com essas mudanças. Muitas vezes, não lidamos.... vivemos com elas, aprendemos a viver com as mudanças, não ocorrendo nenhuma transformação concreta dentro de nós. Mas há uns quantos felizes que encaram as mudanças e adaptam-se a elas como sempre. Fazem-no naturalmente, seguem o seu caminho com a vida alterada, sem mossa nem chatice. Diz que é maturidade (emocional, psicologica, evolutiva).

Mas para todos nós, e ai de nós se isso não acontece, a vida continua. Pior ou melhor, vivemos com as mudanças. Teremos de continuar a ser nós mesmos, mas de uma maneira ligeiramente diferente. É preciso força para isso mas, a força está dentro de nós, nos nossos companheiros, família, amigos, gatos ou cães, na música que ouvimos, nos filme e poemas que nos fazem pensar.

Seja você mesmo, só (não seja) sempre o mesmo!

E a propósito de quase nada...

Filme indiano...

E o sal da vida são os amigos!

Eles andam por aí

Eles andam por aí...

Presta atenção no armário

E não adivinhes confiança

Que eles andam por aí

Na alcatifa que pisas

No pão que comes

Na voz quando ficas calado

E te sentes perdido

Ousa mesmo sozinho

Porque eles estão aí

E tu rodeado de realidades

És inútil ao momento

Refresca a boca que beijas

A mão que te dá paz

Eles andam por aí

Até na voz do esplêndido

Até no silencio das arvores

Nas portas que se abrem

Por lá também estão

Que deves ousar beijar mesmo aí

Pois importa mais o hoje na boca

Do que o amanha que não conheces.

Eles andam por aí...

E tu alérgico à felicidade.

J. Araujo Guimarães 7-12-2004

há quem peça fotos chuvosas

Sim, há quem me peça fotos mais coincidentes com o clima actual! Bruno, força aí no comment!

Férias solarengas em oposição à chuva que cai lá fora!

Hoje acordei com vento e chuva a bater nos vidros da minha janela do quarto. Que frioooooooo! É um daqueles domingos em que apetece estar deitada no sofá, relaxando e lendo um bom livro ou dormitando, com o som dos filmes da tarde de domingo a soar baixinho. Mas, contrariamente aos meus hábitos domingueiros, comecei por rever as fotos das minhas antigas férias: sim, eu sinto muita falta do sol!

Portanto a minha questão é esta: quem embarca comigo numa viagem a estes sitíos que a seguir mostro em fotos? A resposta, claro, está com vocês....

Aos amigos... Destas e doutras paragens!

Aos amigos,

Amo devagar os amigos que são tristes com 5 dedos de cada lado.
Os amigos que elouquecem e estão sentados, fechando os olhos, com os livros atrás a arder para toda a eternidade.
Não os chamo, e eles voltam-se profundamente dentro do fogo.
-Temos um talento doloroso e obscuro. Construímos um lugar de silêncio. De Paixão.

Herberto Helder

Nota referente à foto:
Nunca cheguei a saber o nome desta menina Guiniense, que fotografei em Giberen. Mas chamo-lhe Wendy, da história do Peter Pan. Oxalá vivesse na Terra do Nunca.

Uma recomendação do meu farmacêutico...

Pois, o São Martinho tem destas coisas... Se por um lado se come aquele fruto milenar nestas altura do ano (refiro-me à castanha) assadinho, quentinho, salpicado de sal, por outro, acompanha-se este belo repasto com um tinto (aqui na minha terra diz-se "pomada"), que é caracterizado por colorar os dentes de acordo com a sua quantidade em tanino.

Ora, deve-se sempre cumprir as tradições da terra onde estamos (em roma sê romano...) e portanto assim o foi!

Mas lembrem-se sempre, um aventureiro regista todas as suas aventuras, sendo aconselhável o uso de uma máquina fotográfica, digital ou não, em situações em que a "pomada" poderá ter efeitos indesejáveis ao nível da memória de curto/longo prazo (dependendo da quantidade ingerida).

Assim sendo, aventureiros visistantes, deleitem-se com o meu prazer de possuir os dentes coloridos de tanino (a conselho do meu farmacêutico), e desejo-vos um optimo São Martinho!!